Os momentos mais marcantes para o surf nacional
10ª Mais um inverno com altas ondas em Portugal. Melhor do que em 2006/2007, as sessões do inverno de 2007/2008 não estão a deixar nenhum surfista com vontade de fugir do país. O nosso jardim está a dar bem conta do recado. A acompanhar o diapasão do hemisfério norte, que parece ter oferecido boas condições para fazer surf em vários locais, excepto talvez no Havai...
9ª ISA World Junior Surfing Games na Costa da Caparica. Os jogos olímpicos do surf chegaram à Costa da Caparica, e o campeonato só não foi um maior sucesso, porque as ondas não colaboraram. A selecção nacional conseguiu atingir o 10º lugar, um pouco abaixo das expectativas, mas dentro dos objectivos traçados.
Foto: FPS
8ª Selecção nacional ganha campeonato europeu de surf e bodyboard mais uma vez. Uma participação de grande qualidade da selecção nacional tornou possível bater a super potência França. Foram muitos os destaques individuais nesta selecção, mas o grupo fez a força este ano e a vitória assentou que nem uma luva.
7ª O Tow-in foi notícia nacional. O surf de ondas grandes sempre foi um dos maiores atractivos para os leigos do surf. Costuma-se dizer que Laird Hamilton é mais conhecido do que Kelly Slater, fora do universo dos fãs do surf, porque as ondas grandes são um dos maiores aliciantes daqueles que não costumam acompanhar a modalidade. Em Portugal este fenómeno foi evidente, a entrada de Tiago Pires no top 45 passou praticamente despercebida, mas as ondas de cinco metros na Lourinhã foram notícia em praticamente todos os telejornais.
6ª Abriu mais um mundial de surf em Portugal. O Estoril Coast Pro foi a maior novidade a nível de competições de surf que houve em Portugal. Não só porque houve a primeira edição, mas porque ficou a indicação de que em 2008 o campeonato iria ser um dos principais campeonatos do circuito de qualificação, com a classificação de 6 estrelas.
5ª José Gregório ganha o seu terceiro título nacional. Começou o ano com a ideia de que ser empregado da Quiksilver e ser team manager desta marca iria pôr uma sombra nas suas intenções de lutar seriamente por títulos nacionais, como o tinha feito no passado recente. Mas foi com esta mentalidade, descomprometida, que obteve os seus melhores resultados em cinco anos.
4ª Nicolau Von Rupp entrou nas bocas do mundo, conseguiu classificar-se para o campeonato do mundo de juniores, ganhou duas etapas do nacional de surf, fez os trials em França para o WCT, andou com Kelly Slater, fez viagens pelo mundo fora e reforçou a sua posição dentro da sua marca. Corre o risco de, daqui para a frente, desaparecer um pouco do radar dos fãs de surf portugueses, visto surfar nos campeonatos internacionais com a nacionalidade alemã.
3ª Alfarroba deixa de organizar os dois campeonatos nacionais de surf, por ter verificado que não havia maneira de rentabilizar o Campeonato Nacional de Surf. Depois de vários anos de muitos sucessos nestes dois campeonatos, a Alfarroba decidiu dedicar-se a outros projectos, como o campeonato nacional de clubes e uma nova revista de surf de distribuição gratuita.
2ª Francisca Pereira dos Santos quebra a sequência de 11 campeonatos ganhos consecutivamente por Patrícia Lopes, um Record do Guiness. Patrícia certificou-se que estava presente no momento em que entregaram o campeonato a Francisca, a passagem de testemunho para a natural sucessora, tal como Patrícia antevia no início do ano.
1ª Tiago Pires entra no Fosters ASP World Tour. Depois de alguns anos de intensa luta, o melhor surfista português de todos os tempos ganha lugar onde realmente pertence – entre os melhores. Este momento, definitivo no surf nacional, pode ser aproveitado ou desperdiçado, está nas mãos das empresas e dos surfistas nacionais, seguirem o diapasão de Tiago Pires e pensarem maior. Tiago quebrou mais uma barreia, quantas mais vamos nós deixar que ele quebre sozinho, alguém conseguirá acompanhar um dos melhores atletas que o país alguma vez teve?
Fotos: Alfarroba/Ricardo Bravo
Alfarroba Press Center